Testemunhos

“As sessões de artes expressivas deram-me a possibilidade de me exprimir através dos materiais, e olhar-me de fora através de uma obra criada por mim.

Aprecio o ambiente calmo em que as sessões ocorrem. Estabeleces uma empatia e uma segurança muito grande o que faz com que as sessões decorram num ambiente seguro, não familiar mas de grande familiaridade.

As sessões deram-me Insight sobre a forma como me apresento ao mundo. Obrigada por esta fantástica oportunidade e pelo bem que me tem feito. Estarei eternamente grata.”

Ana Marta Fortuna (33 anos)
5 sessões individuais de coaching de artes expressivas
Coach: Rasmus Forman


João Carlos Gonçalves
Adolescente com autismo não verbal
“ Menino de Deus”
www.umacantodoceunaterra.com
Terapeuta:  Joana Fins Faria

Objectivo: trabalhar a capacidade do João interagir com materiais e com a consciencialização do próprio corpo.

Preparei o espaço (escritório) colando o papel de cenário no chão para desenhar as linhas de contorno do corpo do João, o João não quis, sentava-se no canto em cima do papel, deitou-se duas vezes mas não conseguia permanecer quieto. Retirei o papel de cenário do chão e reposicionei-o na parede dos armários, aqui sim, o João aceitou encostar-se, permitiu que eu delineasse o contorno do corpo dele, afastou-se olhou para o contorno e vi-o calmo a ver a forma mesmo que em esquiço que o seu corpo toma nesta dimensão.

Abri os frascos de tinta (o azul e o verde). Inicialmente o João apenas conseguia pintar com um dedo, posteriormente conseguiu com a minha ajuda ter prazer e sorrir com as duas mãos esticadas a passearem pelo papel. A área de intervenção foi sempre escolhida pelo João e o escrever do nome foi feito com uma leve ajuda minha, o til foi o João sozinho. O trabalho continuou reposicionado onde foi colocado para ele se ir cruzando com o mesmo e tomando consciência até à sessão seguinte

O João escreveu o seguinte no final da sessão: “ eu gostei de pintar sabendo que é terapêutico para o corpo e alma. Eu acho que hoje tratei o chacra cardíaco.”

foto testemunho João Carlos Gonçalves